quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
Do Sonho aos Ares
Dos Sonhos aos Ares Se fizéssemos uma retrospectiva dos últimos 100 anos sobre a evolução tecnológica em geral e diretamente ligada à informática, assim como vimos no vídeo de Dumont, perceberíamos a relação histórica que as envolve. Dumont fez diversas tentativas até o 14-Bis levantar vôo. Este nome se deu ao fato de que os vôos de teste foram realizados pendurados a um balão número 14 que ele mesmo projetou, nenhum deles tinha roda e ninguém pensava que um aeroplano deveria decolar. Podemos imaginar esta história. O passado é um meio de referência para compreender o presente e antecipar o futuro da tecnologia. A evolução da informática surge a partir dos primeiros escritos na Mesopotâmia 4.000 AC, com os ábacos matemáticos gregos de Pitágoras. Mais tarde o uso da tinta no Egito, vestígios de papel na China, canetas de pena, o relógio, a imprensa no Japão767 DC. A primeira máquina mesmo foi resultado da segunda Guerra Mundial: o computador Z3 construído pelos alemães, porém foi destruído em Berlim nos deixando poucas informações. Depois disto várias máquinas foram inventadas por grandes célebres como: Alan Turing, Mark I, Wozniak, John Bardeen, John Van Neumann, Thomas Watson Jr., entre outros. Em 1951 o Unival foi o primeiro computador comercializado, projetado por John Presper Ecker e John Marchly e chegou a custar US$ 1 milhão. Em 1983 surge o primeiro computador pessoal pela Apple Microsoft que anunciou o processador de textos Word e o Windows. Em seqüência foram vários lançamentos. Enfim o computador ganhou voz e audição, aprendeu a ver com as placas de captura de vídeo e o micro câmeras, passou a relacionar-se com os instrumentos musicais... Permitiu a qualquer pessoa que em sua própria casa produzisse apresentações incluindo edição de som e vídeo. Até o mundo dos negócios mudou. Passamos a ser governados pelas máquinas, pois não há o que as mesmas não possam fazer. A evolução passou a ser cada vez mais rápida e hoje uma calculadora de bolso que custa R$10,00 em qualquer camelô consegue fazer mais do que aqueles equipamentos enormes de 60 anos atrás. Mas isto não é tudo, o objetivo é construir um supercomputador em escala atômica. O Nano computador deve estar pronto até 2011, muito pequeno como a milésima parte de um mícron, milionésimo de espessura de um fio de cabelo, é o Sonho da ciência e está em rápido desenvolvimento. Como se não bastasse pesquisas buscam definir o conceito informatizado de emoção, criar sistemas de computação pessoal dotadas de habilidade de sentir, reconhecer e entender emoções humanas. Contudo, para onde caminha a humanidade? A humanidade contempla e é protagonista de uma história heróica, resultado de tantas tentativas para facilitar a vida, o trabalho e a comunicação entre si. Nós também fazemos parte desta história onde todos comemoram por um; todos ganham, todos perdem. O progresso afeta de forma estreita a nossa vida e o relacionamento entre pessoas. Podemos nos comunicar com o outro lado do mundo em questão de segundos e o improvável pode tornar-se provável num “piscar de olhos”. As coisas acontecem em velocidade real e, de certa forma, devemos temer o futuro. Da mesma forma que esta evolução facilita e cria oportunidades para nós, também pode ser uma “arma” nas mãos de quem procura satisfazer interesses próprios e hostis. A internet passou a ser mais uma das necessidades diárias dos seres humanos e conseqüentemente tornou-se alvo da difusão de ideais interesseiros que corrompem valores e pressionam psicologicamente. Existe uma “máfia tecnológica e virtual” por trás disto tudo com práticas egocêntricas, capitalistas e globalizadoras que propõem uma descartabilidade de artefatos tecnológicos e programas que iludem facilitar cada vez mais a vida do cidadão. Parcialmente facilitam, contudo seria hipocrisia não reconhecer que há uma corrida sem “marco de chegada” por parte das pessoas que dependem destes para suas atividades cotidianas. Por outro lado a bateria de informações, o desejo de interligar-se ao mundo num pequeno espaço de tempo, a diversão, facilidade de pesquisa, comunicação rápida e eficiente e até mesmo o sentimento de exclusão em relação aos avanços tecnológicos, faz com que milhares de pessoas por minuto acessem deliberadamente a rede mais usada do mundo: a internet. Como Professores, classe pensante que somos, não devemos nos eximir do aproveitamento desta como fonte de pesquisa às nossas aulas, porém temos a grande responsabilidade de refletir para onde anda a humanidade. A internet por si própria não é ruim, o ruim é o que muitas vezes fazem por meio dela. O avião foi uma incrível invenção histórica com auto poder de transporte, porém serve para salvar e também serve para matar. Assim como o sonho de Dumont voou e tornou-se real, a evolução tecnológica existe e “é” mais uma das grandes descobertas da humanidade. Resta-nos saber o que os homens farão com os sonhos que se tornam realidade...
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